Act of a demon or the work of god

domingo, 24 de abril de 2011


Seu coração estava tão aberto que suas cicatrizes estavam expostas, mas ele não se importou.
Contou segredo e sentimentos que escondia do resto do mundo, mas não se importou.
Falou das coisas que gostava, das coisas que o faziam bem, olhou a Lua e afirmou que ela lhe lembraria alguém, e não se importou se realmente estava sendo ouvido.
E quem o conhecia tão bem também não se importou. Não se importou em estilhaçar seu coração tocando em cada ferida agora exposta, em fazer de seus sentimentos uma piada e fazer das coisas que ele gostava algo irrelevante, a Lua era nada naquele instante.
Ele finalmente se importou, trancou sua alma novamente, seus sentimentos eram seus e de mais ninguém estavam bloqueados, apenas ele sabia o que lhe fazia bem e não era necessário que outros soubessem. A Lua era apenas mais um satélite que passava as noites no céu solitário enquanto ele passava suas noites solitárias na terra.