Meu ser, tão eterno e tão desatento,
Procura os mais perfeitos adornos,
Tenta encaixar todos os pedaços
Da minha alma, que ama e vive em desordem.
Eu procuro pela simples essência
Intrínseca no bom poeta morto.
Procuro, em palavras, minha existência.
E o que explique o meu amor por teu corpo.
Mas amar é tal como o pensamento,
Chega do aparente nada, em torpor.
Buscando a cerne de algum sentimento
Levando meus versos pelo vento
Procurando pelo breve momento
No qual possa revelar um amor.